O Grupo Pátria conquistou o lote 5 de rodovias do Paraná em leilão, compreendendo importantes trechos que ligam Maringá a Cascavel e Cascavel a Guaíra. A empresa apresentou uma proposta com desconto de 23,83% sobre o valor do pedágio, além de um aporte adicional de R$ 399 milhões, elevando o investimento total para além dos R$ 11 bilhões já previstos no edital.
Este último lote de concessões rodoviárias no estado abrange um total de 432,77 km de rodovias, incluindo trechos das BR-163/369/467 e PR-158/317/467/977/978. O projeto prevê a duplicação de 238,57 km e a construção de 19,99 km de vias marginais.
O governador do Paraná, Ratinho Junior, comemorou o resultado do leilão, contrastando os novos contratos com as concessões da década de 1990, consideradas caras e ineficientes. Ele destacou os ganhos de escala e segurança, tanto para as rodovias quanto para a população paranaense. O governador mencionou a importância dos corredores e contornos rodoviários para desviar o tráfego dos centros urbanos, promovendo maior mobilidade e agilidade, especialmente para o Porto de Paranaguá.
O ministro dos Transportes, Renan Filho, também celebrou a concessão, a 96ª do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) desde 2023, elevando os investimentos previstos para R$ 240 bilhões. O ministro destacou a projeção de um investimento médio anual de R$ 60 bilhões em obras a partir de 2030, um marco inédito.
O Ministério dos Transportes já concedeu 13 projetos à iniciativa privada este ano e planeja para o início de 2026 a concessão da Fernão Dias e da BR-101 no Rio de Janeiro. O leilão da Rota Sertaneja está previsto para a próxima semana, e o edital para as obras da ferrovia Transnordestina será lançado.
O Grupo Pátria, além de vencer este lote, já é concessionário do Lote 1, que liga Curitiba a Ponta Grossa. A empresa também possui outras concessões de estradas estaduais e federais. A origem dos recursos para os investimentos futuros está sendo negociada, com o Grupo Pátria garantindo os investimentos iniciais dos dois lotes adquiridos e de outras concessões por meio de parcerias internacionais, incluindo o fundo soberano da Arábia Saudita.
O ministro Renan Filho informou que os projetos de concessão em andamento preveem um período de adaptação de cinco anos para a implantação do modelo de cobrança em fluxo livre (“free flow”). Os contratos federais contemplarão descontos para usuários frequentes, isenção para motocicletas e descontos nos valores normais devido ao tamanho dos blocos.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br




















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