Um alerta sanitário se espalha pelo país com a investigação de 45 casos suspeitos de intoxicação por metanol em nove estados brasileiros. O mais recente boletim do Ministério da Saúde, divulgado nesta sexta-feira, revela a extensão do problema que já se configura como uma crise de saúde pública.
São Paulo, epicentro da contaminação, lidera o número de casos confirmados e ainda mantém nove registros sob investigação. A situação é especialmente grave no estado, que foi o único a confirmar a adulteração de bebidas com metanol, substância utilizada para adulterar álcool combustível. O esquema fraudulento foi descoberto em 17 de outubro, expondo uma rede criminosa que colocou em risco a saúde da população.
Além de São Paulo, outros oito estados estão sob vigilância devido a notificações suspeitas de intoxicação: Pernambuco (20), Piauí (5), Paraná (4), Mato Grosso (2), Rio de Janeiro (2), Bahia (1), Mato Grosso do Sul (1) e Tocantins (1). A dispersão dos casos levanta preocupações sobre a distribuição de produtos contaminados em diferentes regiões do país.
Até o momento, foram confirmados 59 casos de intoxicação por metanol no Brasil. São Paulo concentra a maioria, com 46 confirmações. O restante dos casos confirmados se distribui entre Paraná (6), Pernambuco (5), Rio Grande do Sul (1) e Mato Grosso (1). O número de notificações descartadas chega a 682, demonstrando a complexidade da investigação e a necessidade de análise criteriosa de cada caso.
A crise sanitária já causou 15 mortes. São Paulo registra nove óbitos, enquanto Paraná e Pernambuco contabilizam três cada. A investigação de mortes suspeitas continua, com seis casos ainda em análise. São Paulo e Pernambuco investigam dois casos cada, enquanto Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro apuram um caso cada. Desde o início da crise, 40 óbitos suspeitos foram descartados. A alta taxa de mortalidade associada à intoxicação por metanol reforça a gravidade da situação e a urgência de medidas de controle e prevenção.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br
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