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Ex-diretor do inss nega influência política em cpi

© Lula Marques/ Agência Braasil.

Em depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, o ex-diretor de Governança, Planejamento e Inovação do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alexandre Guimarães, enfaticamente negou ter qualquer relação com políticos durante sua atuação em cargos públicos. O depoimento ocorreu nesta segunda-feira, com Guimarães afirmando que as posições que ocupou foram conquistadas através da entrega de currículos a parlamentares.

“Não tenho relação com políticos”, declarou o ex-diretor, que ocupou o cargo de 2021 até o início de 2023. Contudo, Guimarães admitiu ter sido indicado ao INSS após um breve encontro com o deputado Euclydes Pettersen (Republicanos-MG).

Guimarães é investigado sob a suspeita de ter recebido R$ 313 mil de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS, apontado como um dos principais operadores de um esquema de fraudes envolvendo descontos indevidos em benefícios previdenciários.

Durante o depoimento, Guimarães confirmou ter conhecido Antunes em 2022. Ele justificou que os repasses foram totalmente legais, relacionados ao fornecimento de material de educação financeira de sua empresa para uma consultoria pertencente a Antunes e seu filho.

Guimarães reconheceu que a empresa de Careca do INSS era a única cliente de sua empresa. Ele declarou ter encerrado a prestação de serviços após a Polícia Federal (PF) desmantelar o esquema de cobranças não autorizadas de aposentados e pensionistas a associações.

O ex-diretor negou qualquer participação, durante o período em que ocupava o cargo no INSS, na celebração de acordos entre o órgão e as entidades que realizaram os descontos ilegais. Ele também afirmou ter tomado conhecimento do esquema apenas após a operação da PF.

Em resposta, o deputado Pettersen confirmou a possibilidade de ter se reunido com Guimarães, mas negou qualquer irregularidade. “Posso realmente ter me reunido com ele, como com tantos outros que buscam apoio para indicações em órgãos públicos. Cada indicado é responsável por suas ações”, declarou o deputado.

O relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), anunciou a intenção de convocar Pettersen e o senador Weverton Rocha (PDT-MA) para prestarem esclarecimentos à comissão. “Espero que não haja nenhuma blindagem. Esses esclarecimentos são bons para o deputado e para o senador”, afirmou o relator.

Atualmente, há um requerimento formal de convocação de Weverton Rocha, protocolado pelo deputado Kim Kataguiri (União Brasil-SP). O documento alega que o senador teria recebido Careca do INSS em seu gabinete. A CPMI deverá votar, nas próximas sessões, os pedidos de convocação de parlamentares e a ampliação das quebras de sigilo de pessoas investigadas no caso.

Em nota, o senador afirmou estranhar a menção a seu nome e declarou não ser alvo de investigação. “Acho estranha essa menção, já que não sou investigado nem citado em nenhuma apuração. Na minha opinião, o relator deve se concentrar em oferecer respostas concretas para combater as fraudes no INSS”, rebateu Weverton.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

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