A bolsa de valores brasileira demonstra resiliência e continua sua trajetória ascendente, impulsionada por um cenário de relativo otimismo nos mercados doméstico e internacional. Em um dia marcado por alívio nas tensões econômicas, o principal índice da B3 renovou seu recorde, aproximando-se da marca dos 150 mil pontos.
O Ibovespa encerrou o último dia de negociações do mês cotado aos 149.540 pontos, registrando uma alta de 0,51%. Este desempenho positivo foi influenciado, em grande parte, pelo influxo de capital estrangeiro, evidenciando a confiança de investidores externos no mercado brasileiro.
Com a oitava sessão consecutiva de ganhos, o Ibovespa acumula uma valorização de 2,26% ao longo de outubro, demonstrando uma performance robusta. No acumulado do ano, o índice já registra um avanço expressivo de 24,32%, consolidando um período de crescimento consistente.
No mercado de câmbio, o dólar comercial apresentou um comportamento mais contido, fechando praticamente estável, com uma leve queda de 0,01%, sendo vendido a R$ 5,38. A moeda americana experimentou volatilidade ao longo do dia, oscilando entre R$ 5,40 e R$ 5,37 antes de se estabilizar no patamar final.
Apesar da estabilidade no último dia do mês, o dólar acumulou uma valorização de 1,08% em outubro. Contudo, no balanço de 2025, a divisa americana apresenta uma queda de 12,94%, destacando-se como a moeda com o melhor desempenho entre as economias latino-americanas no ano.
Diversos fatores, tanto no cenário doméstico quanto no internacional, influenciaram o desempenho do mercado financeiro. A redução das tensões comerciais entre Estados Unidos e China, após um acordo sobre terras raras, contribuiu para o aumento do fluxo de capitais estrangeiros para países emergentes, incluindo o Brasil.
No contexto interno, o dólar sofreu pressões no último dia útil do mês, em razão do fechamento da Taxa Ptax, que corrige a dívida do governo atrelada ao câmbio. No entanto, a entrada de recursos externos atenuou essas pressões ao longo da tarde.
Adicionalmente, dados recentes sobre o mercado de trabalho brasileiro também impulsionaram a alta da bolsa. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), divulgada, revelou que a taxa de desemprego se manteve em 5,6% no trimestre encerrado em setembro, repetindo o menor nível da série histórica.
Apesar da taxa de desemprego se manter em patamares historicamente baixos, a taxa de ocupação apresentou uma leve queda, passando de 58,8% no trimestre anterior para 58,7% no trimestre encerrado em setembro.
Este cenário pode diminuir as chances de o Banco Central adiar o início dos cortes na Taxa Selic, o que tende a beneficiar investimentos considerados mais arriscados, como a bolsa de valores.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br


















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