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Adaptação climática deve ser prioridade na cop30, afirma presidente

© Diogo Zacarias

A adaptação climática deve ser uma prioridade absoluta na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que será realizada em Belém, no Pará. A afirmação foi feita pelo embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30, durante um evento em São Paulo.

Corrêa do Lago destacou a importância de equilibrar as negociações climáticas entre a mitigação, que busca reduzir as emissões de gases de efeito estufa, e a adaptação, que visa ajustar as sociedades aos impactos inevitáveis das mudanças climáticas. Segundo ele, a adaptação ganhou ainda mais relevância devido à aceleração da crise climática e ao aumento da sensibilidade da população mundial aos seus efeitos.

O presidente da COP30 expressou o desejo de que esta edição seja lembrada como a “COP da adaptação”, dada a urgência e a necessidade de ações concretas nessa área.

A poucos dias do início da conferência, um número limitado de países, pouco mais de 60, apresentaram suas metas de mitigação, as chamadas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs). O embaixador sugeriu que essa demora pode ser resultado da complexidade em elaborar metas realistas e alcançáveis, que demandam negociações internas nos países para garantir sua viabilidade.

Durante o evento, Corrêa do Lago também abordou a expectativa do governo brasileiro de atrair US$ 10 bilhões em investimentos públicos para o Fundo Tropical das Florestas (TFFF) até o final da presidência do Brasil na COP. Esse fundo tem como objetivo recompensar financeiramente os países que preservam suas florestas tropicais, incentivando a conservação e o desenvolvimento sustentável.

O embaixador classificou o TFFF como um mecanismo inovador e expressou confiança no seu sucesso. Ele ressaltou a importância de atribuir valor econômico às florestas em pé, um desafio complexo que tem sido debatido há anos. A proposta do governo brasileiro, segundo ele, tem sido cuidadosamente elaborada para atrair a confiança da comunidade internacional.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também presente no evento, considerou a meta de US$ 10 bilhões ambiciosa, mas possível, e afirmou que seria um grande feito alcançar esse montante no primeiro ano.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

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